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sexta-feira, 4 de abril de 2014

A motivação musical

Como passou rápido essa semana, não é amigos?! E eis que aqui estou como prometido, para compartilhar com vocês um pouquinho do que pensei essa semana.
Dessa vez, estive pensando no quanto gosto de tocar, nas sensações experimentadas ao fazermos música, nesse flutuar todo. Sabe aquela sensação que temos de não fazermos parte de um mundo tão cheio de problemas, aquele sentimento que você já não está nesse planeta mais e sim no das notas musicais?! Sim, é essa sensação, até difícil de descrever que sentimos ao tocar, cantar, reger, enfim, ao fazer música. São poucas atividades que conseguem nos desconectar com o mundo de maneira tão intensa como a música.
Mas, para nós músicos experimentarmos essa sensação há muita coisa envolvida. Temos que estar bem e o principal: ter MOTIVAÇÃO. Essa palavra será muito citada aqui no blog, porque é algo que vem me intrigando e está até se tornando um "alvo de pesquisa".
Mas agora, pergunto a vocês e a mim mesma: de onde será que vem essa motivação para nos doarmos?
Bom, eis uma pergunta difícil de responder e de caráter pessoal também. No entanto, me arrisco a expor a minha opinião para vocês.
A música é em si uma arte, mas ao mesmo tempo é uma ciência, por que ela envolve não apenas coisas subjetivas, mas coisas objetivas também como na parte da linguagem musical, física e evolução dos instrumentos por exemplo. Portanto, ela pode envolver totalmente o cérebro ao fazermos música. Precisamos usar todos os sentidos para executar música, e quando se trata da parte emocional, mais ainda. Mas exatamente esse emocional, com tanto trabalho mental envolvido, pode ser perigoso. Se usarmos um comentário ao "pé da letra, isso pode até nos levar a loucura. Se tocarmos uma música, naquele estado maravilhoso que citei acima, tocamos bem e de repente uma nota falha. Pode ter certeza, que você próprio só se lembrar do pequeno erro e não dos acertos, da sensação. Esse é o emocional que temos que trabalhar. É aquela palavrinha danada, que acaba com os vestibulandos: a cobrança. A cobrança é importante, mas temos que respeitar os nossos limites. Cada pessoa tem o seu.
Um grande motivo para a desmotivação na minha opinião, é a cobrança. O músico precisa aprender desde o início da sua formação, sobre respeitar os seus limites. Isso se aprende e é incentivado pela família e o professor. Existem muitas pessoas, que mesmo sendo incentivadas nessa parte, insistem em continuar se cobrando e até se martirizando por cada erro. Mas, para esses casos, provavelmente algum dia elas mesmas resolverão isso. É importante ressaltar, que uma educação musical realizada totalmente voltada para a expressividade, a música em si, talvez faça os alunos entenderem desde o início que eles podem superar limites, mas que nunca tocarão como um "finale" (programa de edição de partitura que toca toda a música). O Finale tem a técnica perfeita, pois toca todas as notas e exatamente o que está escrito, mas a música que fazemos, isso é único, e isso é música. Uma partitura é apenas um papel. Mas quando executada por um músico, aí sim ela se torna uma música. A minha execução é diferente da sua. Enquanto eu penso na saudade, você pode pensar no amor e assim temos interpretações diferentes. Isso é fazer música. E na minha opinião, vale para até a famosa musiquinha do parabéns para você.
Enfim, talvez se aprendêssemos desde o início a fazer música e não apenas notas, cresceríamos sabendo que somos humanos, racionais e expressivos. O nosso trabalho musical é totalmente mental. Talvez, assim a cobrança exacerbada seria evitada e consequentemente a desmotivação. Só lembrando, que a cobrança não é o único motivo para a desmotivação, mas os outros ficam para outros posts.
Encerro essa semana, deixando aqui um artigo escrito por mim com a orientação da profª Dra. Diana Santiago, que fala sobre a preocupação dos professores de instrumento em fazer instrumentistas tocarem as notas, sem se preocuparem com o prazer de fazer música.

Abraços clarinetísticos e até semana que vem!





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