Quando eu era criança, aos quatro anos de idade, me perguntavam o que eu queria ser quando crescer, eu respondia: “cantora”. A reação das pessoas era boa. Todo mundo achava lindo uma criança decidida em que caminho seguir. Mas o tempo foi passando, e essa idéia só foi se ampliando, para clarinetista, professora de música, pesquisadora e muito mais (relacionado à música). E aquela reação, já não era mais positiva, porque agora o objetivo iria se concretizar.
Argumentavam que eu era inteligente, e não podia jogar a minha vida fora. E agora eu questiono, tem que ser burro para ser músico? Será que é tão fácil assim? Então porque será que nem todo mundo sabe música?
A você que está lendo, acredite, existem muitas pessoas com esse pensamento. A sociedade cria embalagens para as profissões, que geralmente são falsas. O músico é considerado drogado, burro, boêmio, malandro e muitas outras coisas, até muitas vezes a sua opção sexual é questionada por causa da profissão.
Porque fazer isso? Só faz diminuir e humilhar aquele profissional que muito ralou.
E não é só a minha profissão que sofre com isso. Dançarino geralmente é taxado como sensível, e jornalista como fofoqueiro, esses só são alguns exemplos.
Mas o que fazer para mudar essa imagem?
Eu acredito que a imagem não é o mais importante. Mas toda coisa séria tem que ser respeitada como merece. O que é o caso das profissões.
É preciso mostrar para todos, a serventia do que fazemos, e que a utilização dela pode ajudar muitas pessoas. A você que todos os dias escuta música, e ainda assim julga a nossa profissão, eu só digo a você: fazer uma música, qualquer que seja, exige um processo difícil e não tão fácil como para você ouvir. Se fosse você faria não é?
Bom, essa a minha opinião e quem discordar pode expor aqui os seus argumentos também.
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