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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ouvir música reduz ansiedade e dor em pacientes com câncer


Achei isso muito interessante e resolvi postar. 
Fonte: http://www.correiodoestado.com.br/noticias/ouvir-musica-reduz-ansiedade-e-dor-em-pacientes-com-cancer_122255/

Ouvir música pode reduzir a ansiedade e a dor de pacientes com câncer, sugere um novo estudo.
Pesquisadores da Universidade Drexel, em Filadélfia, combinaram dados de testes aleatórios de música na medicina --em que discos são reproduzidos para os pacientes-- e musicoterapia --quando os terapeutas usam música para avaliar e tratar os pacientes. Ao todo, eles analisaram 30 estudos, realizados com um total de 1.891 participantes. A pesquisa foi publicada na edição de agosto da revista "The Cochrane Reviews".
Os dados eram insuficientes para determinar qual das formas de terapia, a música na medicina ou a musicoterapia, era a mais eficaz. Contudo, os pesquisadores descobriram que as duas técnicas conseguiam reduzir a ansiedade e a dor, melhorar o humor e a qualidade de vida das pessoas com câncer.
Também foi possível relacionar a o ato de ouvir música com algumas mudanças fisiológicas benéficas, incluindo a redução do ritmo cardíaco e respiratório e da pressão arterial. O número de experimentos que examinaram os efeitos da música sobre a dor, a imagem corporal e a função imunológica era reduzido demais para que fossem feitas deduções, concluíram os pesquisadores.
Cinco testes de pequena escala analisaram os efeitos da música sobre a depressão e em nenhum deles ela foi proveitosa.
Os autores alertam em relação à baixa qualidade da evidência obtida, em grande parte porque é difícil ou impossível conduzir testes de musicoterapia sob controle rigoroso.
"Nós usamos música todos os dias", afirma Joke Bradt, principal autor do estudo e professor adjunto de arte terapia da Drexel, "e sua capacidade terapêutica pode ser usada em pacientes com câncer de forma bastante direcionada".

Nova metodologia para filarmônicas



Quando se fala em filarmônicas, logo o que se pensa é no resultado, mas onde fica o processo de aprendizagem e as contribuições que ele pode trazer para toda a vida do futuro músico? Antes de instrumentista, os participantes da filarmônica são alunos, e de música.
Em uma sociedade musical, a formação deve ser completa. Os valores de cidadania, a inclusão social, a iniciação musical, conhecimentos de gêneros musicais, tudo isso deve vir antes e durante a formação do instrumentista que vai compor a Filarmônica.
O que acontece na maioria das bandas de música é a aprendizagem somente para se tocar um instrumento. Na maioria das vezes falta um apanhado maior de temas importantes na música, como: harmonia, solfejo, apreciação musical, e até a teoria básica elementar. Sem esses conceitos básicos o aluno será sempre limitado a participar somente daquele ambiente da filarmônica. Para seguir o caminho da música profissional, é preciso muita dedicação, pois a concorrência e o nível são altos.
Você que está lendo esse texto, deve estar se perguntando o motivo para eu escrever sobre esse assunto aqui. Pois bem. Eu venho desse sistema, e acredito na sua função, pois através da oportunidade que tive, hoje posso tentar a profissionalização na área que mais amo na vida. Mas as lacunas do ensino que tive são visíveis.
No meu primeiro ano de faculdade, perdi a matéria Literatura e Estruturação Musical I, porque simplesmente eu não sabia nada do que estava sendo abordado. Tive dificuldades em todas as matérias que lidavam diretamente com música. As dificuldades no instrumento também sempre foram muito grandes, e o engraçado é que quando eu comecei a faculdade eu pensava que tocava muito. Foram dias e noites totalmente voltados há recuperar o tempo perdido, para melhorar um pouco, e mesmo assim ainda falta muito.
O fato é que eu não sou a única que sofre com essas lacunas de ensino. A maioria das pessoas que passaram pelo mesmo sistema de ensino musical sofre com isso.
É preciso tentar fazer algo para mudar. Uma sociedade musical trás tantos benefícios, só é preciso cuidar mais minunciosamente para um ensino mais eficaz.
A partir de todas as leituras que já fiz nesses anos de faculdade, e também a partir do projeto que eu fiz em minha cidade, percebi que o interesse das pessoas em aprender música é muito grande, mas o de participar de uma filarmônica não é tão grande assim. Mas porque isso? Será que a metodologia aplicada não atrai um bom número de participantes?
Não é muito difícil resolver esses problemas. O primeiro passo que proponho é a divisão de turmas. Quem tem 25 anos não tem a mesma velocidade de aprendizagem que o aluno de 9 ou  50 anos, e com certeza a metodologia aplicada para a determinada idade fará com que diminua a evasão de alunos. Além disso, ter divisão de níveis vai ajudar acelerar a entrada de membros novos mais preparados na banda.
Uma grade curricular pode ser estipulada. Podem ser colocadas disciplinas como: teoria musical, solfejo, apreciação musical e história da música, canto coral, instrumento individual e ensino coletivo de bandas. São seis disciplinas. Se o professor trabalha 8 horas por dia, divide seu dia para atender tudo, e é possível, porque estará concentrando o ensino em um determinado tema.
Proponho também que a imagem militarista da filarmônica diminua. Isso faz com que as crianças se desmotivem. Essa é a faixa etária que beneficiará mais a banda, pois poderá ficar mais tempo, então são necessários mais cuidados com a metodologia. Música tem que ser uma atividade prazerosa e não uma obrigatoriedade.
Quando o aluno entrar na banda e já tiver com uma leitura razoável é preciso ter um cuidado para ele não resolver só tocar músicas e parar no tempo, sem estudar mais.
Enfim, muito se pode fazer, mas com um professor preparado e bem remunerado é claro, que lute por reformas na metodologia e estrutura das sociedades musicais.
Eu acredito que isso trará o diferencial de uma banda e com certeza os resultados valerão todo o esforço.

Dedico esse texto a todos os amantes de filarmônicas e especialmente aos meus colegas de banda.
Grande abraço a todos e até a próxima.

Materiais didáticos para filarmônica

Olá pessoal!
A pedido de muitos amigos das filarmônicas no interior, estou postando links de materiais que indico para facilitar no trabalho de iniciação musical.

Esse é o link de uma apostila do Maestro Fred Dantas para filarmônica, muito boa:
http://www.afinandoascordas.com/comunidade/phocadownload/teoria_metodos/diversos/Fred%20Dantas%20-%20Teoria%20E%20Leitura%20Musical.pdf

 Esse é o link para um curso completo de percepção musical, passo-a-passo. Tutoriais de solfejo do Prof. Carlos Veigas, muito bom:
http://www.youtube.com/user/carlos5veiga

Esses materiais valem a pena. Em breve eu postarei mais coisas aqui no blog.

Saudações imensas aos meus amigos e companheiros de filarmônica e até a próxima!



sábado, 16 de julho de 2011

Escolas devem oferecer aula de música a partir deste ano


Nessa edição do Informe GBJ, chego ao tema mais discutido no universo musical brasileiro, ultimamente: a obrigatoriedade do ensino da música nas escolas de educação básica. Isso tudo porque, em 2008, o então presidente Lula sancionou a lei 11.769/08, que determina o ensino da música em todas as escolas. O prazo máximo para a adaptação à lei seria de três anos, ou seja, até 2011. Pelo período em que a lei foi instituída, imagina-se que a maioria das escolas já estão adaptadas, inclusive em Bom Jesus da Lapa. Ledo engano.
Por aqui, pouco se fala sobre a lei e a informação que temos é que na escola Promove Jr. já se utiliza da música como educação interdisciplinar, e que em algumas escolas pratica-se o canto coral. Somente.
Com certeza, as escolas terão dificuldade em se adequar à nova legislação que determina que os profissionais capacitados a musicalizar são os graduados em música, especialmente os de licenciatura, algo que falta em Lapa. Formar os educadores musicais também é difícil, pois estamos muito distantes dos centros onde existem faculdades de música. As mais próximas ficam em Feira de Santana, Salvador e Brasília, em torno de 10 horas de viagem. O problema não está restrito ao interior, pois há poucos centros de formação voltados para a música no país e são poucos os profissionais que formam todo ano para atender a demanda.
Mesmo assim, é louvável a introdução da música no currículo escolar. Ela estimula o raciocínio lógico e a sensibilidade, desenvolve a expressão oral, além de desenvolver senso crítico e de organização. A educação musical atuará nas escolas não com o objetivo de formar músicos profissionais, e sim como atividade interdisciplinar e ferramenta formadora de cidadãos.
O grande problema é que a educação musical ainda não é muito bem interpretada. Ensinar música não é cantar “musiquinhas” na hora da merenda, vai muito além disso. As aulas devem ser sérias e, ao mesmo tempo, descontraídas, onde os alunos queiram, antes de tudo, aprender. Devem ser ensinados desde elementos da teoria musical básica aos instrumentos até valores de cidadania através da apreciação musical. Porém, o plano pedagógico nacional para o ensino da música ainda não está pronto.
Enfim, muito se discute e pouco se faz. As próprias escolas podem iniciar pequenos projetos musicais que ajudarão a introduzir o ensino da música. E não é tão difícil desenvolver um projeto de musicalização.
Em 2010, eu realizei um projeto na Lapa, o PROEMUCI - Projeto Educação Musical para a Cidadania, com o apoio do Santuário do Bom Jesus da Lapa. Em 27 dias, 47 crianças dos bairros Nova Brasília e Beira Rio foram musicalizadas. Tudo feito com base na lei da obrigatoriedade do ensino. Foi somente um curso de férias, mas já foi possível perceber que a educação musical em Bom Jesus da Lapa, se bem aplicada, funciona e que pode ser realizada mesmo com poucos recursos financeiros.
Então, vamos todos arregaçar as mangas, que o prazo está acabando. Mãos à obra! 

Mais um artigo que foi publicado na minha coluna do Informe GBJ.
Link da versão online:
http://iga7.com.br/informegbj/

terça-feira, 28 de junho de 2011

Chegou o São João! Ou será mais um carnaval?



Logo que passa o carnaval, já sentimos uma vontade de dançar forró. É o clima de festas juninas chegando. Musicalmente falando, é a época do tradicional forró pé-de-serra, xotes, samba-coco, reizado e os baiões, cultivada por grandes nomes da música popular que tem como ícone maior Luiz Gonzaga.
Mas essa tradição predominante no Nordeste, nos últimos 15 anos, tem passado por transformações. O típico forró pé-de-serra está perdendo espaço para o forró cheio de guitarras e baixos (eletrônicos) e a explosão do sertanejo tem predominado na maioria das festas. Além disso, de tempos pra cá, tem sido cada vez mais comum as festas juninas se transformarem em mais um carnaval com as festas de camisa. Hoje as festas disputadas são aquelas tipo o Forró do Bosque, realizado em Cruz das Almas, que este ano todas as atrações são sertanejas e do axé, e nenhuma o tradicional forró. Ou seja, a música que caracteriza a região tem perdido espaço para outros ritmos.  Podemos dizer, então, que as festas têm decaído em qualidade musical?
A diversidade no Brasil é grande. A cada dia que passa um novo estilo musical surge, e assim como tudo no mundo, a música se transforma e adapta ao momento. O que acontece no São João, atualmente, é uma grande mistura, deixando de lado o forró. Assim como devemos receber os novos estilos, também se deve preservar o que já existe. Além do mais, o forró trouxe uma contribuição para a música brasileira. É a tradicional música nordestina, que inicialmente expressava a situação de seca, e ao mesmo tempo, a alegria da fartura e a chuva, mesmo que tardia.
Bom, então podemos dizer que, a qualidade musical das festas juninas não decaiu, no entanto, as músicas tocadas nessa época não mais representam o espírito original das festas. Não é necessário modificar as festas, porque durante o ano há espaço para todos os estilos e eventos populares. O turismo no Nordeste é forte, principalmente pela cultura junina cultivada, o que movimenta todos os outros setores. Portanto, impor um estilo não é o correto como vem acontecendo na Paraíba, onde o secretário de cultura Chico César decidiu patrocinar somente as bandas de forró pé-de-serra. Respeitar os diversos gostos é necessário. Mas por outro lado, em uma festa tão tradicional e esperada deve-se preservar a cultura, não se esquecendo de abranger estilos derivados, que de uma forma ou outra também carregam algum vestígio do tradicional forró, de onde surgiram. 
Discussões como essa sempre existiram, porém não podemos deixar que o espírito junino fique de lado. Portanto, o que nos resta, com qualidade musical ou não, é procurar um lugar aconchegante com um forró para dançar agarradinho, e saborear as delícias típicas da época, nessa terra tão boa. Combinação irresistível, não é? 

 Texto publicado na segunda edição do Informativo GBJ, jornal em que sou colunista, e escrevo sobre música. 
Segue o link, da versão do jornal online.

 
Embreve edição de Julho !

Aguardem!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Um patrimônio cultural chamado Euterpe Lapense

O mês de maio além de ser considerado o mês das mães, também comemora o aniversário da reativação da Sociedade Filarmônica Euterpe Lapense.
A Filarmônica Euterpe Lapense desenvolve em Bom Jesus da Lapa um trabalho educacional para crianças e jovens. Os alunos aprendem a educação musical completa, da teoria até a prática no instrumento. Aprendem também sobre cidadania e espírito de coletividade. Em Bom Jesus da Lapa, o único meio completo de se aprender música. É totalmente gratuito, desde as aulas em todos os dias da semana até os instrumentos.
Desde a reativação, em maio de 2003, até hoje, a filarmônica gerou muitos “frutos”. Músicos de bandas da região, e até o atual regente da filarmônica são exemplos de jovens que mudaram suas vidas graças a música.
A Filarmônica de Bom Jesus da Lapa é a instituição que melhor representa a cultura na cidade. Toca em todas as manifestações populares e civis. A população, porém, ainda não compreende os esforços utilizados para se formar um músico e na maioria das vezes não valoriza o quanto deveria esse patrimônio cultural. Por que fazer acontecer o sonho de continuar a Filarmônica envolve a dedicação de muitas pessoas: os músicos da banda e alunos, a diretoria, que possui pessoas dedicadas a cultura, principalmente a presidente profª Solange Bernadete, que cede a sua própria casa para as aulas e ensaios da banda devido a falta de uma sede própria.
Tocar um instrumento musical envolve o psicológico e o físico e dirigir uma filarmônica envolve inteira disposição e nenhum salário. Por isso essas pessoas necessitam do reconhecimento de todos, para seguirem firmes e fortes representando cada vez melhor a cultura lapense.
Nesses oito anos de reativação, Lapa só tem a agradecer pela cidadania e cultura que a Euterpe Lapense cultiva. E eu, que comecei na música nesta instituição e hoje busco a profissionalização na Universidade Federal da Bahia- UFBA, como clarinetista, presto aqui a minha homenagem especial a filarmônica.
Parabéns, Filarmônica Euterpe Lapense!

Texto escrito por mim e publicado no Informe GBJ, jornal em que sou colonunista.
 
Segue o link da versão online do jornal:

sábado, 5 de março de 2011

A importância da música na vida das pessoas


Retomo meu blog, depois de um tempo sem postar nada, com um assunto polêmico para os profissionais da música e para os amantes da boa música também.
Música, representa não só uma arte filosoficamente falando, a mais sublime de todas segundo Rousseau, ela está presente em todos os momentos da nossa vida, age até como um remédio.
2011 será o ano dessa arte mostrar para quem ainda não se convenceu da sua importância, já que está em sua melhor “era”. A obrigatoriedade do ensino da música nas escolas, será o primeiro passo para   o reconhecimento. O segundo passo, já está acontecendo. A cada dia que passa, mais pessoas procuram um refúgio pra alma na música.
A musicoterapia, terapia através da música, se tornou um aliado na recuperação de bebês prematuros, pessoas com distúrbios mentais, depressão e até como auxílio no crescimento saudável de plantas.
Na educação, a música estimula a sensibilidade, o raciocínio lógico, a precisão e uma personalidade firme. Eu acredito muito que ela pode auxiliar na formação de cidadãos de bem, que gostem de estudar todas as matérias, porque a música age  interdisciplinalidade.
Existe música pra todos os momentos: pra comemorações, pra dançar, tristes, de saudade, apaixonadas, enfim, o que você precisar vai encontrar. E a melhor parte é que não tem contraindicações.
Nesse carnaval, aproveite as alegrias que a música poderá ensinar a você.

Bom carnaval a todos e MUITA MÚSICA!


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Relatório da I Oficina de clarinetas da Sociedade Filarmônica Euterpe Lapense

A oficina nasceu da necessidade de “um olhar mais apurado” sob cada instrumento específico, corrigindo “vícios” que muitas vezes passam despercebidos aos olhos de um professor que dá aula para todos os instrumentos.
A Filarmônica Euterpe Lapense, já com frutos de sua escola, reativada desde 2003, vem desenvolvendo trabalhos voltados ao incentivo à música para os jovens lapenses, como um meio profissional, de sobrevivência. Nesse intuito, muitos dos que já participaram da entidade, querem viver de música profissionalmente. Exemplos disso são os jovens Tiago que hoje é o professor responsável na filarmônica e Geisiane, que está cursando na Universidade Federal da Bahia, o curso de Bacharelado em instrumento (clarineta).
Diante todo incentivo que a filarmônica ofereceu a esses dois jovens, eles agora retribuem através do que sabem. Geisiane preparou a oficina de clarinetas, como uma primeira etapa, para dar continuidade. A metodologia utilizada foi intensiva e dinâmica, revezando aula individual com aula em grupo. Realizou-se nos dias 03 á 07 de Janeiro de 2011 com quatro clarinetistas e teve carga horária total de 30 horas.
É importante ressaltar, a presença de dois integrantes da Filarmônica Lira do Corrente, que participaram integralmente de todos os dias da oficina, como alunos de clarineta.

Conteúdos

Conhecendo a clarineta: foi mostrado para todos os alunos a importância de cada parte da clarineta, como montar e desmontar, onde surgiu, limpeza e cuidados.
Higiene para o instrumentista: os alunos conheceram a importância de uma higiene bucal bem feita, e dos riscos que ele e o instrumento correm na falta da higiene.
Exercícios de respiração: em aulas individuais foram realizados exercícios de respiração com e sem a clarineta, como “nota longa” e “alteração de registro”.
Sonoridade: em aulas individuais e em grupo, falou-se da importância do “som redondo” e das notas bem articuladas.
Estudo de escalas: exercícios com escalas maiores, menores e cromática, foram apresentadas aos alunos para ajudar na técnica clarinetística de cada um.
Estudo do stacatto: exercícios para perceber o uso correto da língua no stacatto, com todas as notas.
Agudos: exercícios crescendo e decrescendo para controlar o som no agudo.
Digitação da clarineta: estudos para perceber a posição correta das mãos. Estudo do método, mão direita e mão esquerda lento.
Dinâmica e expressão musical: foram trabalhadas peças populares e eruditas, de acordo com o nível de  cada aluno para trabalhar a técnica, dinâmica e expressão musical.
Música de câmara: foram trabalhadas peças para trios de clarineta, estudando dinâmica e acentuando o trabalho em conjunto.
Embocadura e  problemas na posição do instrumento: os alunos conheceram a importância de uma embocadura correta e os problemas de saúde que a posição incorreta pode causar.
Métodos para estudo musical: foram apresentados aos alunos vários métodos que trabalham com as principais dificuldades dos clarinetistas.

Metodologia utilizada
As aulas realizaram-se em forma de “Master class” (em grupo) e individuais, uma hora diária para cada aluno.

Dificuldades encontradas

Ao longo da oficina foram percebidas muitas dificuldades:

Uso incorreto da língua: a articulação de alguns alunos era exagerada e abertura de garganta sempre acontecia.
Embocadura incorreta: todos os alunos estavam com problemas de embocadura, alguns com a posição torta e outros fazendo bochecha.
Posição das mãos incorreta: todos os alunos tinham dificuldades na posição das mãos, e muitos dedos estavam em posição tão incorreta, que poderiam até causar algum problema de saúde.
Impaciência para tocar rápido: essa é uma dificuldade que todos os instrumentistas passam, mas que atrapalha no estudo apurado, pois deve começar lento e acelerar com o tempo.
Dificuldade com estudos de trio de clarinetas: esse trabalho é novo para os alunos, não estão acostumados a ouvir a sonoridade dos outros, e aí foi um ponto difícil de trabalhar com eles.
Dificuldade em dinâmica e expressão musical: um ponto grande de dificuldade, a preocupação com as notas era maior do que com a própria música que executavam.
Instrumentos defeituosos: além das clarinetas não serem de grande qualidade, ainda estavam em péssimo estado de conservação devido à grande dificuldade financeira que as filarmônicas passam.
Dificuldade rítmica: um dos alunos ainda estava com problemas de leitura rítmica o que dificultou na escolha de métodos de estudo.


Objetivos alcançados

Nessa primeira oficina, o incentivo ao estudo da clarineta, foi o principal objetivo alcançado. A valorização do instrumento na filarmônica, agora é maior, depois de todo estudo para demonstrar a linda sonoridade do instrumento. Os alunos conheceram a importância da clarineta no Brasil, e os leques para se trabalhar com música em nosso país. As dificuldades encontradas foram reduzidas e alguns métodos de estudos aplicados, como o estudo na frente do espelho vão ajudar a perceber o erro e consertá-lo. A dificuldade rítmica foi comunicada ao professor da filarmônica que já se comprometeu a dar uma atenção especial a esse aluno.
As orientações de estudo para depois da oficina foram dadas e até foi feito para cada aluno um esquema de estudo, cronometrando o tempo destinado à clarineta.
A I oficina de clarinetas da filarmônica Euterpe Lapense, foi a primeira na nossa região, e com toda certeza a semente foi lançada, para mais trabalhos como esse nessa filarmônica e nas demais.


Atividades especiais

Durante a oficina foram realizadas duas atividades especiais, dirigidas a todos os integrantes da Filarmônica Euterpe Lapense.  A primeira foi uma aula de respiração, sem o instrumento, expondo todos os cuidados com a saúde respiratória e conhecendo toda a fisiologia do sistema respiratório, o processo do ar em nosso corpo dentre outras coisas. A aula foi bastante proveitosa, tendo a participação de todos e cessando as dúvidas sobre o assunto.
A segunda atividade foi uma palestra sobre “Os caminhos para o músico e sua importância”, esclarecendo dúvidas sobre as diversas profissões na área da música, sobre legalização da profissão, a importância na vida do ser humano, a atual difusão  da música com novas profissões, preconceito e a lei 11.769/08 sobre a obrigatoriedade do  da música no ensino básico.

Pessoas envolvidas

Realização: Sociedade Filarmônica Euterpe Lapense
Idealização: Geisiane Rocha da Silva (estudante do Bach. Instrumento/clarineta UFBA)
Coordenação: Geisiane Rocha da Silva, Solange Bernadete Moureira Chaves (presidente da filarmônica) e Tiago Costa (professor e trombonista da Filarmônica)
Professora de clarineta: Geisiane Rocha da Silva
Colaboração especial: Prof. Dr. Pedro Robatto (professor de clarineta da UFBA), diretoria da Filarmônica Euterpe Lapense e Filarmônica Lira do Corrente (Santa Maria da Vitória)
Alunos da oficina: Jailton Souza da Silva (Lira do Corrente)
                              João Damasceno Xavier Neto (Euterpe Lapense)
                              João Paulo Soares Nogueira (Euterpe Lapense)
                              Pablo Castro de Sousa (Lira do Corrente)

Considerações finais

É perceptível a necessidade do interior da Bahia em ter atividades como essa. O ensino de um determinado instrumento deve ser realizado por um instrumentista do mesmo. Só assim os erros vão aparecer e conseqüentemente poderão ser extintos. O ensino musical no interior sofre muito pela falta de profissionais da área, e da valorização da própria população.
Bom Jesus da Lapa fica á quase 900 Km da capital, o que dificulta o contato com os diversos tipos musicais e com a profissionalização dos jovens lapenses na música. A passagem custa caro e a filarmônica, sofre com a falta de recursos e de sede própria. Tudo isso, desmotiva muito a todos dessa entidade, que mais representa na cidade a cultura.
É muito importante para um estudante de música, realizar trabalhos como esse, principalmente naquela primeira escola que acolheu o seu sonho na música. Foi com esse intuito, que Geisiane Rocha da Silva realizou essas atividades, com toda a orientação do seu professor Pedro Robatto que muito incentiva seus alunos a executarem projetos como esse. O professor Pedro não só toca e ensina clarineta muito bem, mas incentiva os seus alunos a ensinarem. Ele acredita muito que o professor aprende com os alunos e que só a prática traz o aprendizado total.
Um agradecimento especial a todos os professores da Universidade Federal da Bahia, que incentivam os seus alunos a realizarem atividades como essa. Em especial aos professores Pedro Robatto, responsável pelo ensino de clarineta de Geisiane, e ao Professor Joel Barbosa, que desenvolve metodologias de ensino em bandas.

Referências

ENDRESSEM, R. M. – Supplementary Studies for clarinet
JEANJEAN, Paul – “Vade0Mecum” du Clarinettiste six etudes specials
KALMUS, Clarinet series, nº 3412 – Album of short easy pieces by various composers for two clarinets- Book I
MICHAEL, Story (arranger) - Pop trios for all
STAMITZ, Carl (1745-1801) – Concerto nº 3, II movimento, Romanze
MORAES, Vinícius – Eu sei que vou te amar



                                                        “Sem a música, a vida seria um erro.” (Nietzsche)


Bom Jesus da Lapa- Bahia, 18 de Janeiro de 2011





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Geisiane Rocha da Silva
Professora da oficina e estudante do Bach. em instrumento (clarineta) UFBA





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Solange Bernadete Moureira Chaves
Presidente da Sociedade Filarmônica Euterpe Lapense